Os livros, CDs, DVDs e apresentações em programas de TV foram vistos por um dos colegas de Rossi como “culto ao personalismo e exibicionismo”, o que motivou uma denúncia à Congregação para a Doutrina da Fé no final dos anos 1990.
À época, a Congregação era liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que posteriormente se tornou o papa Bento XVI, atualmente aposentado. Os integrantes da comissão analisavam detalhadamente cada livro, música e entrevista concedida pelo padre, na intenção de observar e encontrar possíveis desvios da liturgia católica.
O acusador de Marcelo Rossi afirmava que o padre havia transformado a missa em “circo”, segundo informações do jornalista Ricardo Feltrin.
De acordo com a matéria publicada pelo Uol, o padre Marcelo esteve perto de ser suspenso pela Igreja Católica no final dos ano de 2004 e começo de 2005, por pressão de seu acusador, que tem a identidade mantida sob sigilo.
“Curiosamente, o que acabou por livrar padre Marcelo da punição foi a morte do papa João Paulo II, em abril de 2005, quando praticamente toda a atividade da Congregação para a Doutrina da Fé foi interrompida com a eleição de Ratzinger para o posto de novo papa”, escreveu Feltrin.
Em 2009, o padre Marcelo teria sido absolvido de todas as “acusações” e em 2010, recebeu pessoalmente do papa Bento 16, no Vaticano, um prêmio de Evangelizador Moderno, concedido pela Fundação São Mateus.
O bispo dom Fernando, da Mitra de Santo Amaro, superior direto de Marcelo Rossi, disse desconhecer a investigação sobre o pupilo. Já a assessoria do padre comentou que “se isso [a investigação] realmente ocorreu, trata-se de um fato do passado”.
A Embaixada do Vaticano no Brasil se recusou a comentar a notícia, e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) seguiu a mesma postura, não emitindo nenhuma nota sobre a suposta investigação.
Fonte: Gospel mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário